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Descoberta biografia de Dom Pedro II escrita por Machado de Assis

A dissertação, que demonstra como Cristiane encontrou, foi defendida na UFSC em 2016, com orientação da professora Maria de Fátima Fontes Piazza. O trabalho virou o artigo “M’achado biógrafo: da investigação de uma revista a um texto inédito” e foi publicado na revista ArtCultura.

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) é um dos maiores autores brasileiros. Autor de Dom Casmurro, Memórias póstumas de Brás Cubas, O alienista, Quincas Borba, entre outros, Machado de Assis foi fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Pedro II foi Imperador do Brasil de 1831 a 1889.

Cristiane explica que o texto foi publicado em seis de novembro de 1859 em O Espelho: revista de literatura, moda, indústria e artes. “Machado de Assis tinha vinte anos de idade quando começou a escrever nesta revista. Ele foi o colaborador mais assíduo, escreveu 38 textos em apenas quatro meses”, diz Cristiane. Ela ressalta que o número é alto: “Para se ter uma ideia da importância, entre 1855 e 1857 Machado escreveu, para a imprensa da Corte em geral, 36 textos”.

Como era típico de Machado de Assis, o texto foi escrito em primeira pessoa. “Já é possível perceber o negaceio na escrita do jovem Machado que alertava para o fato de não estar escrevendo sobre o imperador a partir de uma perspectiva política porque o ‘cálculo’ e a ‘conveniência’ não permitiam que fizesse isso”, comenta.

O texto foi encontrado durante a pesquisa para a dissertação Um projeto de revista n’O Espelho: literatura, modas, indústria e artes (1859-1860). “É o resultado da análise que fiz do espaço geográfico do impresso: investiguei como os autores e seus textos se movimentavam dentro da revista, como se formou o quadro editorial do Espelho, juntamente com a análise de outros impressos que possuíam os mesmos colaboradores, ou seja, que faziam parte do mesmo grupo dos colaboradores”, informa Cristiane. Ela aponta, na dissertação, que foi uma “tentativa de buscar explorar uma possível rede de sociabilidade da qual O Espelho poderia ter sido consequência. Foi preciso conhecer quem escreveu para a revista para poder compreender o impresso em sua totalidade”. A pesquisadora conta que Lúcia Miguel Pereira, biógrafa de Machado de Assis, chama de “grupo da Marmota” os colaboradores do jornal de variedades que pertencia a Francisco de Paula Brito, chamado de A Marmota. Cristiane adota “grupo da Marmota” para se referir aos escritores de O Espelho, porque eram “praticamente os mesmos”.

A pesquisadora relata que Machado de Assis estava longe de ser famoso quando escreveu para O Espelho. “Com então 20 anos de idade, o Machadinho que colaborou para a revista O Espelho não era ainda tão conhecido pelos jornais e leitores da época, embora possam ser encontrados textos de sua autoria na Marmota de Paula Brito desde 1855. A revista surgiu para o literato iniciante como sua primeira oportunidade de trabalho. Anterior à sua fundação Machado de Assis já havia aparecido de forma episódica em outros impressos”.

A metodologia da dissertação envolvia entender a lógica da divisão interna dos artigos. Cristiane notou que na edição número 6 da revista há um aviso “Brevemente encetaremos a publicação de uma galeria Dramática – biografias e um retrato correspondente. O fotógrafo é o Sr. Gaspar Guimarães, e o biógrafo é o Sr. Machado de Assis”. No número 10, aparece a biografia do Imperador Dom Pedro II, sem autoria.

“Nos número sete, oito e nove não foram publicadas biografias. Apenas na edição número dez apareceu o esboço biográfico de D. Pedro II. O texto, por sua vez, ocupou um espaço geográfico da revista que foi comum às publicações de Machado de Assis: a primeira página e o primeiro artigo. Foi o ‘abre-alas’ daquele número da revista”, revela Cristiane.

O retrato de Pedro II foi publicado na edição 10 de O Espelho, mas não está anexado ao número arquivado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. “O que ocorria com frequência em fins de 1850 era que os retratos, polcas, imagens de moda vinham em um lugar estratégico do jornal ou revista para que pudessem ser destacados para completar coleções”, conta a pesquisadora.

Cristiane afirma que “podem existir ‘textos escondidos’ em periódicos antigos, que podem mudar a maneira como trabalhamos a história da imprensa, literatura e dos intelectuais do século XIX. Sempre tem algo a se encontrar: as páginas amareladas da imprensa oitocentista são, em minha opinião, baús de tesouros”.

Ela sugere que ainda existem inúmeras análises para serem realizadas e outras questões a serem respondidas, como os objetivos e motivos que levaram Machado a escrever a biografia.

Fonte: Mundo Lusíada

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