O português é falado por mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas como essa língua se expressa, se transforma e se enraíza em realidades tão diversas quanto o interior da Angola, uma ilha do Cabo Verde ou um bairro no Brasil? É essa a pergunta que orienta Guilherme Canever. “Minha proposta é que o leitor possa navegar por outras culturas através daquilo que mais nos aproxima, a Língua Portuguesa”, conta o escritor.
Com um olhar atento às nuances culturais e políticas da lusofonia, Canever propõe um itinerário pouco comum na literatura de viagem pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que contempla diversas viagens por países como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial. Há ainda um capítulo dedicado aos territórios onde o português ainda ecoa como herança, como Goa, Macau e Galiza.
O livro vai além da geopolítica. “Não é um livro de gramática histórica ou de fonologia, é obra de vida, de aventura e de amor a uma fraternidade específica, a lusófona”, conta Leandro Karnal na orelha do livro. Com estilo narrativo ágil e sensível, o autor relata deslocamentos fora das rotas turísticas, travessias de barco, hospedagens precárias e encontros memoráveis. Ao contar como a língua portuguesa se adapta e resiste em contextos adversos, Canever revela um projeto identitário em construção e traz na genética o gosto pela viagem e pelos livros.
Nasceu em uma família de viajantes e escritores. Formado em Engenharia Florestal, dedica boa parte da sua vida às viagens para lugares que fogem das tradicionais rotas turísticas. Nessas jornadas, ele surpreende-se com a hospitalidade de gente simples, experimenta comidas exóticas, vê paisagens deslumbrantes e coleciona histórias, contadas nos livros “De Cape Town a Muscat: Uma Aventura pela África”, “De Istambul a Nova Délhi: Uma Aventura pela Rota da Seda”, “Uma Viagem pelos Países que Não Existem e Destinos Invisíveis”. “Onde se Fala Português – Uma Viagem pelos Países Lusófonos” é o seu quinto livro.
Fonte: Mundo Lusíada