Com curadoria de José Manuel Diogo e Tom Farias e o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, da Associação Portugal Brasil 200 anos e da Casa da Cidadania da Língua, a virada promoveu “uma verdadeira maratona cultural dedicada à literatura”, com início às 18h do sábado (24) e programação ininterrupta até o fim da tarde do domingo (25). Vale dizer que essa primeira edição nasceu com o propósito de celebrar a literatura em língua portuguesa como um território de encontros, resistência e transformação. Inspirada no conceito de uma cidade que gira em torno da palavra, o evento promoveu “diálogos literários, poesia e reflexão, conectando escritores, leitores e pensadores dos países lusófonos em um movimento contínuo de criação e partilha”.
Segundo José Manuel Diogo, que é também presidente da Associação Portugal Brasil 200 anos, com sede em Coimbra, o evento chegou como uma “manifestação cultural que transformou São Paulo num espaço vivo de histórias e encontros”.
“Durante 24 horas, a cidade se transformou num grande palco de narrativas, histórias e afetos que atravessam o Atlântico. A Virada Literária de São Paulo – Virada Lusófona, nesse contexto, tornou-se um marco que celebrou não apenas a palavra, mas a nossa identidade comum — um mosaico de vozes que se encontram na diversidade cultural”, complementou Diogo.
Entre as programações, Bruna Lombardi, João Paulo Trevisan e Francis Manzoni participaram da mesa “Livros que andam nas mãos do povo”. A mesa celebrou as palavras que circulam de mão em mão, tocando diferentes públicos e reafirmando que a leitura é também um gesto coletivo, afetivo e transformador.
Já a mesa “O fim da noite não existe” trouxe Trudruá Dorrico, André Diasz e José Manuel Diogo. Esta mesa marcou a travessia entre escuridão e aurora, reunindo a força ancestral da palavra indígena com a vibração urbana de uma literatura que pulsa na contramão da lógica do mercado. Uma conversa sobre resistência, sonho, escrita e permanência. Porque quando a noite parece longa demais, a literatura insiste em amanhecer.
Fonte: Câmara Portuguesa