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A eterna Florbela Espanca

À frente de seu tempo, Florbela Espanca causou grande impressão entre seus pares e entre literatos e público de seu tempo e de tempos posteriores. Além da influência que seus versos tiveram nos versos de tantos outros poetas, são aferidas também algumas homenagens prestadas por outros eminentes poetas à pessoa humana e lírica da poetisa. Manuel da Fonseca em seu “Para um poema a Florbela” cantava “(…)E Florbela, de negro,/ esguia como quem era,/ seus longos braços abria/ esbanjando braçados cheios/ da grande vida que tinha!”. Também Fernando Pessoa, em um poema datilografado e não datado de nome “À memória de Florbela Espanca”, descreve-a como “alma sonhadora/ Irmã gêmea da minha!”.

Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus.

Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a freqüentar. Na capital, teve contato com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando freqüentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, “Livro de Mágoas”.

A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.

Eis suas obras:
•Livro de Mágoas, Lisboa, Tipografia Maurício, 1919.
•Livro de Mágoas Sóror Saudade, Lisboa, Tipografia A Americana, 1923.
•Charneca em Flor, Coimbra, Livraria Gonçalves, 1931.
•Charneca em Flor (com 28 sonetos inéditos), Coimbra, Livraria Gonçalves,
1931.
•Cartas de Florbela Espanca, (a Dona Júlia Alves e a Guido Battelli),
Coimbra, Livraria Gonçalves, 1931.
•As Máscaras do Destino, Porto, Editora Maranus, 1931.
•Sonetos Completos, (Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade, Charneca em
Flor, Reliquiae), Coimbra, Livraria Gonçalves, 1934.
•Cartas de Florbela Espanca, Lisboa, Edição dos Autores, s/d, prefácio de
Azinal Abelho e José Emídio Amaro(1949).
•Diário do último ano, Lisboa, Bertrand, 1981, prefácio de Natália Correia.
•O Dominó Preto, Lisboa, Bertrand, 1982, prefácio de Y. K. Centeno.
•Obras Completas de Florbela Espanca, Lisboa, Publicações Dom Quixote,
1985-1986, 08 vols., edição de Rui Guedes.
•Trocando Olhares, Lisboa, Imprensa Nacional/ Casa da Moeda, 1994; estudo
introdutório, estabelecimento de textos e notas de Maria Lúcia Dal Farra

Um dos poemas de Florbela:
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

O ato solene comemorativo pela importante data de 22 de abril, “Dia do Descobrimento do Brasil” e da “Comunidade Luso-Brasileira” emocionou toda comunidade luso-brasileira presente. Também foi comemorado o 25 de Abril, pelos 50 anos da “Revolução dos Cravos. Tudo aconteceu no dia 21 de abril, domingo, na Comunidade Gebelinense, em Mairiporã, com início às 11h30. Acontecimento grandioso do nosso Conselho.
A Festa Portuguesa “Portas de Abril – Cinquentenário da Revolução dos Cravos” aconteceu no último sábado, dia 27, no Largo Mestre de Aviz Jardim Lusitânia, ao lado do Parque do Ibirapuera, na Capital, reunindo inúmeros lusos e seus descendentes, autoridades, com a organização do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, em parceria com o CCLB e a Prefeitura de São Paulo, todos orgulhosos por esta importante comemoração.
O Museu Aristides de Sousa Mendes em Carregal do Sal será inaugurado no dia 19 de julho, dia do aniversário do nascimento do homenageado (1885), numa cerimônia que deverá ser presidida pelo secretário-geral da ONU, Antônio Guterres.
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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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