A construção da réplica, segundo os meios artesanais da época, com o mesmo tipo de materiais, segundo a documentação, nomeadamente uma aquarela de Ferdinand Feubure, datada de 1850, levou um ano, confessou à agência Lusa o seu autor, o carpinteiro Rodrigo Bobone.
Este projeto, iniciado em 2022, foi um investimento de cerca 100 mil euros, disse à Lusa o presidente da Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML), João Sousa Rego. A Parques de Sintra-Monte da Lua é uma empresa de capitais públicos, que tem como objetivo a salvaguarda e valorização da paisagem património da humanidade, cabendo-lhe a gestão de alguns dos monumentos, entre eles o Palácio Nacional de Queluz (PNQ).
A cama encontra-se na Sala D. Quixote, “uma das mais suntuosas” do Palácio, segundo o conservador do PNQ, Hugo Xavier. Esta sala teve várias funções ao longo da história da monarquia portuguesa, tendo servido também para reuniões do Conselho de Estado.
Nesta sala, Quarto do Rei, morreu, precisamente em 24 de setembro de 1834, D. Pedro IV, o 26.º rei de Portugal e o primeiro imperador do Brasil, a duas semanas de completar 36 anos, quatro dias depois de sua filha, D. Maria II, se tornar rainha de Portugal.
D. Pedro, apelidado “o rei-soldado”, liderou as tropas liberais contra o seu irmão D. Miguel, defensor da monarquia absolutista.
O monarca declarou a independência do Brasil, em 07 de setembro de 1822, e a sua ação militar, política e diplomática instaurou o liberalismo em Portugal, levando o irmão a exilar-se na Áustria, depois de capitular e assinar a Convenção de Évora Monte, em 1834.
Fontes: Lusa e Mundo Lusíada