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O inesquecível Almeida Garrett

Nasceu na cidade do Porto (Portugal) em 1799 e morreu em Lisboa em 9 de Dezembro de 1854.Seus romances possuíam um forte caráter dramático. Participou também da política, escrevendo sobre este tema. Produziu textos históricos, críticos e diplomáticos.Possuía um talento flexível para escrever, imprimindo em suas obras uma notável individualidade, elegância e originalidade. Embora tenha se dedicado a vários gêneros literários, foi na poesia e no teatro que mais ganhou destaque. Suas obras “Camões” e “Frei Luis de Sousa” ganharam grande importância no mundo literário.

José Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett foi um importante poeta e romancista português do século XIX. É considerado um dos mais importantes escritores do romantismo português. Em 1816 foi estudar para a Universidade de Coimbra em 1816, frequentando o Curso de Direito. As suas influências liberais datam dessa época, no contato com outros universitários. Em 1821 editou a sua primeira obra, o poema “O Retrato de Vênus”, que foi considerado ultrajante pela censura, tendo Garrett sido obrigado a comparecer a tribunal. Em 1825 publicou em Paris “Camões”, obra marcante para o Romantismo português.

Após a guerra civil, foi nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estudou a língua e a literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe). Regressou a Portugal em 1836 foi encarregado de reorganizar o teatro nacional, sendo nomeado o inspetor dos teatros. Além da atividade política e legislativa, Garrett continuou sempre trabalhando na sua obra e escreveu para o Teatro “Um auto de Gil Vicente” em 1838, “D. Filipa de Vilhena” em 1840 e “O Alfageme de Santarém” em 1842. Garrett foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspetor geral dos teatros. Esta terá sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária: em 1843 publicou “Frei Luís de Sousa”, em 1845 “As Viagens na Minha Terra” e “As Flores sem Fruto”, e “Folhas Caídas”, que data de 1853, embora tenha sido escrito antes.

É preciso destacar que sobre a sua obra-prima, “Frei Luís de Sousa”, o crítico alemão, Otto Antscherl, considerou a “obra mais brilhante que o teatro romântico produziu”. Estas peças marcam uma revolução na literatura portuguesa, não só na seleção dos temas, que privilegiam a história nacional em vez da antiguidade clássica como, sobretudo, na liberdade da ação e na naturalidade dos diálogos.

Na poesia, Garrett não foi menos inovador. As duas coletâneas publicadas na última fase da sua vida (Flores sem fruto e Folhas Caídas) introduziram uma espontaneidade e uma simplicidade praticamente desconhecidas na poesia portuguesa anterior. Ao lado de poemas de exaltada expressão pessoal surgem pequenas obras-primas de singeleza ímpar como «Pescador da barca bela», próximas da poesia popular quando não das cantigas medievais. A liberdade da metrificação, o vocabulário, o ritmo e a pontuação carregados de subjetividade são as principais marcas destas obras.

Não se pode esquecer que este romântico escritor e dramaturgo foi o proponente da edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e da criação do Conservatório.

Eis a cronologia de suas obras:

• 1819 Lucrécia
• 1821 O Retrato de Vénus; Catão (representação); Mérope (representação)
• 1822 O Toucador
• 1825 Camões
• 1826 Dona Branca
• 1828 Adozinda
• 1829 Lírica de João Mínimo; Da Educação (ensaio)
• 1830 Portugal na Balança da Europa (ensaio)
• 1838 Um Auto de Gil Vicente
• 1841 O Alfageme de Santarém (1842 segundo algumas fontes)
• 1843 Romanceiro e Cancioneiro Geral – tomo 1; Frei Luís de Sousa (representação)
• 1845 O Arco de Sant’Ana – tomo 1; Flores sem fruto
• 1846 Viagens na minha terra; D. Filipa de Vilhena (inclui Falar Verdade a Mentir e Tio Simplício)
• 1848 As profecias do Bandarra; Um Noivado no Dafundo; A sobrinha do Marquês
• 1849 Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira
• 1850 O Arco de Sant’Ana – tomo 2;
• 1851 Romanceiro e Cancioneiro Geral – tomos 2 e 3
• 1853 Folhas Caídas
• 1871 Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas (antologia póstuma)

O ato solene comemorativo pela importante data de 22 de abril, “Dia do Descobrimento do Brasil” e da “Comunidade Luso-Brasileira” emocionou toda comunidade luso-brasileira presente. Também foi comemorado o 25 de Abril, pelos 50 anos da “Revolução dos Cravos. Tudo aconteceu no dia 21 de abril, domingo, na Comunidade Gebelinense, em Mairiporã, com início às 11h30. Acontecimento grandioso do nosso Conselho.
A Festa Portuguesa “Portas de Abril – Cinquentenário da Revolução dos Cravos” aconteceu no último sábado, dia 27, no Largo Mestre de Aviz Jardim Lusitânia, ao lado do Parque do Ibirapuera, na Capital, reunindo inúmeros lusos e seus descendentes, autoridades, com a organização do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, em parceria com o CCLB e a Prefeitura de São Paulo, todos orgulhosos por esta importante comemoração.
O Museu Aristides de Sousa Mendes em Carregal do Sal será inaugurado no dia 19 de julho, dia do aniversário do nascimento do homenageado (1885), numa cerimônia que deverá ser presidida pelo secretário-geral da ONU, Antônio Guterres.
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