“Todo homem tem deveres com a comunidade”

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Opinião
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Carlos Eduardo Teixeira Scheliga, nascido na cidade de Santos, em dois de fevereiro de 1967, é engenheiro por formação, ferroviário por paixão,
designer por vocação, trabalha no setor público com mobilidade há mais de 25 anos. Atualmente, se ocupa da governança e é gestor de Inovação da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. É sócio da consultoria de inovação e design Questtono Manyone (SÃO/RIO/NYC) e
atua com assessoramento estratégico para startups e como palestrante em eventos nacionais e internacionais.

Carlos Eduardo Teixeira Scheliga
Empresário e engenheiro.

Natural de Santos, passei minha primeira infância em Porto Alegre, em razão da carreira profissional de meu pai. Minha família se mudou para São Paulo em 1975, quando meu pai veio trabalhar no início da operação do Metrô. Assim, de alguma forma, acabei por seguir os passos de meu pai nos trilhos.

Como um bom brasileiro e ainda mais um paulista, sou o resultado do encontro de pessoas de origens e nacionalidades diversas. Por parte de pai, sou neto de alemão e de italiana, pessoas de origem humilde e operária, erradicados na capital.

Por parte de mãe, sou bisneto de portugueses, família Teixeira. Meus bisavós, Joaquim Ribeiro e Anna Josefa Teixeira, vieram da região de Viseu no final do século 19. Meu avô materno se formou em farmácia e acabou por fazer sua vida de farmacêutico, comerciante de sucesso e fazendeiro por prazer no norte do Paraná, conhecido como norte pioneiro.

Meu avô Teixeira sempre foi muito atuante, rotariano e membro de sociedades portuguesas no Paraná, da qual tive a oportunidade de participar, já que éramos muito próximos. Assim, cheguei a tentar obter a cidadania portuguesa, origem que sempre me deu muito orgulho, mas por coisas que a vida nos reserva, acabei não seguindo em frente.

O Brasil e São Paulo são o resultado da harmonia de povos imigrantes que, em diversos momentos de nossa história, vieram se aventurar nestas terras em que tudo dá, como se dizia outrora. Os portugueses, os mais antigos que por aqui chegaram, ainda nas primeiras décadas do século 16, desbravaram o território, expandiram as fronteiras, nos legaram a bela língua, a religião, a amizade, a bravura e a vontade de empreender. Assim, não há nação no mundo que compartilhe de crenças e valores comuns como a portuguesa.

A relação entre estas duas nações, separadas geograficamente por um enorme oceano, é algo permanente, umbilical, visceral. Não há como não lembrarmos do português quando passamos em frente de uma das inúmeras padarias espalhadas por todo canto e sentimos aquele cheiro arrebatador do pão fresquinho.

Através dos séculos, a herança portuguesa permanece viva em nossas vidas brasileiras. Não há povo que tenha a facilidade de se integrar ao nosso jeito brasileiro que o português.

Neste terceiro milênio, não será diferente. Portugal é estratégico para o Brasil, assim como o Brasil é estratégico para Portugal. É para nossos negócios a porta de entrada para a Europa. Herdamos o senso de amizade entre povos e a vontade de empreender. Somos sucessores da Escola de Sagres, do século 15, iniciativa de um país pequenino habitado por gigantes que resolveram criar um império ultramarino.

Para mantermos vivo este abraço que nos une, a atuação de organismos dedicados a fortalecer as relações entre as comunidades brasileira e portuguesa tem sido fundamental para promover a integração e a existência do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo permite celebrar nossa história comum e construir a união para um futuro promissor.

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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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