Advogado especializado em Direito do Trabalho, Direito Civil e Investigação Patrimonial contra fraude à credores.
Pós-Graduado com MBA em Direito do Trabalho
Pós-Graduado com MBA em Direito Processual do Trabalho
Pós-Graduado em Processo de execução.
Atualmente compõe a diretoria do CCLB como diretor jurídico.
É também presidente da Comunidade Gebelinense de São Paulo, entidade de origem portuguesa que divulga a cultura portuguesa através de eventos relacionados à Comunidade Portuguesa.
Com muita honra e, com a certeza da responsabilidade, recebi o convite para expressar minhas considerações a respeito das relações Brasil/Portugal.
Muitas seriam as opções, mas irei ater-me ao tema cultural e especificamente no meio ao qual me sinto íntimo.
Sendo filho de imigrantes, fui, desde idade tenra criado entre folcloristas e imigrantes trabalhadores em diversas atividades para sua subsistência, e, no meu caso, criado dentro de panificadoras ou, como se falava, padarias, que era o segmento do meu pai.
No que se refere à cultura, acredito que essa migração e imigração que houve e que há, nos tornou mais próximos e mais, evidenciou as semelhanças entre nossos países.
Nunca o fado e o folclore foram tão evidenciados bem como, atualmente em Portugal, se tocou tanta música brasileira, qualquer que seja o ritmo.
Sem mencionar a troca de lugares no que se refere a espetáculos, aonde humoristas brasileiros e portugueses se alternam entre os dois países transportando alegria em um constante vai e vem cultural.
Em relação à gastronomia, não é diferente!
Há hoje no Brasil, uma explosão de restaurantes portugueses, trazendo pratos que outrora, apenas eram vivos aos imigrantes que, aos finais de semana, juntavam-se, e por vezes reviviam sua história, aventurando-se a recriá-los em seus encontros comunitários e familiares aos finais de semana na maioria das vezes. Hoje, temos brasileiros desfrutando da gastronomia portuguesa por todo nosso território.
De outra sorte, temos em Portugal, a imigração inversa, na qual os brasileiros lá chegam para levar nossa cultura e gastronomia.
Já desfrutamos em Portugal, de um bom churrasco, da nossa feijoada, e, já temos, em alguns sítios, panificadoras gourmets, ao melhor estilo brasileiro. Afinal, todos gostam do que é bom e, convenhamos, se tem uma coisa que o português soube criar e reinventar, são as “padarias” que hoje são verdadeiros pontos de encontro entre amigos, familiares e até aonde se selam negócios importantes.
Junto a isso tudo, temos o CCLB, que, além de ser um órgão direcionado a mediar as entidades culturais, as chamadas “casas regionais”, também tem sua importância por concentrar a sobre sua égide, a responsabilidade de gerir a cultura, a divulgação e o apoio de Portugal à cultura, e, de forma honrosa e vitoriosa, mantém viva a história, a cultura, as alegrias e frustrações de um país pequeno e gigante, trazendo a este Brasil gigante que carinhosamente cabe no coração de Portugal toda a força dessa relação secular de amor e misturas culturais.
Por fim, muito importante para mim e, não limitando-me a Brasil e Portugal, viva aos dois países, mas, além disso, viva a cada português e a cada brasileiro que foi refazer sua história por esse mundo!