“Todo homem tem deveres com a comunidade”

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Opinião
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Paulo Roberto Gaiger Ferreira é o atual tabelião do 26º Tabelionato de Notas de São Paulo, atividade que exerce desde 2000, após a aprovação em concurso público.
Formado em Direito e Jornalismo, é especialista em Direito Empresarial e em Direito Notarial. É membro da Academia Notarial Americana e conselheiro da União Internacional do Notariado.
É co-autor dos livros “Questões de Direito Civil e o Novo Código Civil, editado pela Imprensa Oficial de São Paulo em 2004, “Escrituras Públicas – Separação, divórcio, inventário e partilha consensuais”, editado pela Revista dos Tribunais em 2007, e “Ata Notarial – Doutrina, Prática e Meio de Prova, editado pela Quartier Latin, em 2010.
Foi professor ou palestrante em dezenas de eventos e cursos de graduação e pós-graduação promovidos por universidades, órgãos do governo e empresas privadas em diversos Estados do Brasil.
Tem diversos artigos publicados sobre a atividade notarial, em especial sobre a tutela dos direitos familiares e afetivos e os efeitos da assinatura digital sobre o Direito.
Casado com Mariana, educa e adora a enteada Vitória, 12 anos, e os filhos Eduardo e Martim, gêmeos de 9.

Paulo Roberto Gaiger Ferreira
Advogado, é o atual tabelião do 26º Tabelionato de Notas de São Paulo

Brasil e Portugal, filho e pai, países irmãos apartados por um oceano e unidos por sangue, aspirações, problemas e afetos. Napoleão Bonaparte forçou a vinda do reino para cá, D. João gostou, a rainha nem tanto, foram ficando até que não deu mais. Lá em Portugal, os que ficaram esperaram, foram pacientes, sofreram a perda de prestígio, invejaram ou viram aliviados os seus patrícios construírem vidas na selva Brasil. O retorno do Rei, a independência do Brasil, o fim das monarquias, distanciaram estes dois países tão unidos.

Onde está Portugal? Está distante. E o Brasil, para os portugueses?

Talvez ainda mais distante… Por que nos afastamos, porque os Ferreiras, Figueiredos, Oliveiras, Osórios, Silvas, Andrades, porque todas as nossas famílias se afastaram? Hoje, eu já nem sei de onde provieram os meus avós. Os meus parentes de Portugal desconhecem a minha existência e eu a deles.

Como eu adoraria conhecer as minhas origens, receber o reconhecimento de que eu sou um brasileiro, mas sempre serei um português d´além mar, um filho daqueles fortes, loucos, gananciosos ou desesperados portugueses em busca da glória, em fuga da pátria mãe, em busca do crescimento existencial.

Portugal está distante de mim. Lisboa, onde estive há pouco, é minha casa, mas por favor, que este amor não pareça uma invasão. Seja também o Brasil um jardim para todos os portugueses.

Tomara estes ideais inspirem as autoridades e cessem as deportações e a distância. Seja feliz Portugal na União Européia, mas seja a união de Brasil e Portugal muito mais forte, pois o solo e a gente daí são nossa mãe gentil.

Espero que o Conselho da Comunidade Luso – Brasileira do Estado de São Paulo possa colaborar para que todos os brasileiros descendentes de portugueses tenham acesso às suas origens, reconheçam os valores lusitanos, tenham livre acesso à pátria mãe e que, igualmente, os portugueses possam se aproximar, voltar a desejar vir para esta terra, talvez somente por umas férias ou por uma vida, não importa, mas com incondicional apoio das nossas gentes e governos.

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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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