“Todo homem tem deveres com a comunidade”

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Opinião
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Rubens Antônio Arenas da Silva é paulistano e reside em Campo Grande – MS

É formado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda Faculdade pela Faculdade Anhembi Morumbi – São Paulo-SP

EXPERÊNCIA PROFISSIONAL:
VOE VIAGENS (CG-MS)
Gerência de Marketing na área de turismo
PIER 39 PROPAGANDA LTDA (SP – CAPITAL)
Cargo/Função – Diretor Executivo
Contas – LUK EMBREAGENS, FERODO DO BRASIL, COFAP, SINDIREPA, ABRIVE, CHURRASCARIA OK (Grupo), EXPOPAR (Exposição vinculada ao Salão do Automóvel – SP).
CIRCUITO EDITORIAL (SP – CAPITAL)
Cargo/Função – Diretor Fundador / Editor
Revista de bordo da NLA – Empresa aérea da RIO SUL
FOLHA DE SÃO PAULO (SP – CAPITAL)
Cargo/Função – Projeto Especial – Implantação de um caderno de negócios
SLOGAN PUBLICIDADE LTDA (CG – MS)
Cargo/Função – Diretor Fundador / Planejamento / Projetos Especiais
Contas – Jornal Correio do Estado, TV Campo Grande – SBT, Rádio FM Canarinho, Rádio Cultura, Apemat.
REDE CENTRO OESTE DE RÁDIO E TELEVISÃO (CG – MS) – SBT
Cargo/Função – Responsável pela implantação, marketing e vendas de programas locais tais como: concurso de MISS MS (MISS BRASIL). SBT
Produção e apresentação dos programas NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES e SESSÃO PREMIADA
DIVISÃO DO ESTADO MATO GROSSO
PARA MATO GROSSO E MATOGROSSO DO SUL

Representou, junto com os principais empresários dos diversos segmentos do novo Estado que surgia, da assinatura, em Brasília.

Representou o segmento de Propaganda e Marketing do novo Estado que surgia.

Rubens Antônio Arenas da Silva
Jornalista e publicitário

INFLUÊNCIAS DA IMIGRAÇÃO PORTUGUESA

O que? Já acabou? Ô Laurinda! Tu fizeste só isso de bolinho de bacalhau?

Assim, como os bolinhos de bacalhau, outros deliciosos pratos portugueses, feitos pela minha avó Laurinda, seriam também alvos da mesma “bronca”, vinda do meu avô, Joaquim Rodrigues (Juca); sempre queria mais. Eles moravam conosco e por isso diversas situações foram geradas, histórias, acontecimentos etc… Que ainda continuam vivas, em minhas lembranças da adolescência.

Minha avó era filha de portugueses, oriundos de Figueira da Foz. Os pais da minha avó, quando aqui chegaram, foram morar em Uberlândia-MG. Meu avô, também filho de portugueses, residia em São Paulo, onde tornou-se caixeiro viajante. Sua área de atuação foi no triângulo mineiro, o que contribuiu para conhecer minha avó. Com seus 1,90m de altura, meu avô era bonitão e extremamente vaidoso. Seus cabelos, todos penteados para trás, eram resistentes ao vento, graças a muita brilhantina; orgulhoso, bravo, mas de uma bondade extrema. Era paradoxalmente, um brincalhão… Adorava pregar peças nos outros. Era muito espirituoso e gostava demais da conta de animais!

Casaram-se em São Paulo, indo residir na Rua Dona Ana Nery, bairro da Mooca. Tempos depois, quando minha mãe já era casada, foram morar com meus pais, na Rua Joaquim Nabuco – Brás. Após seu casamento, passou a atender “freguesia” do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. A cada final de viagem, ao retornar para casa, trazia em sua bagagem chocolates e lembranças da região do Espírito Santo e, diversas vezes, animais da serra do mar: papagaio, tartaruga, arara, macaco-prego e até lobo-guará, entre outros. Lembro que minha adorável avó ficava de cabelos em pé, quando ele chegava com os bichinhos e eu, ao contrário, super feliz, com os bichinhos. os chocolates e os presentes.

Recordo-me certa vez, que Dona Laurinda recebeu um telegrama, comunicando sua chegada em tal dia e hora, com o Chico. Minha avó estranhou, porque não era costume hospedarem gente desconhecida, mas lá foi ela arrumar um lugar para receber o misterioso hóspede. Meu avô sempre desembarcava na Estação de trem Roosevelt, no Brás (hoje estação do Metrô–Brás) e lá ia ela recebê-lo… Sempre foi assim! Quando ele desembarcou, o mistério foi desvendado! O Chico,era nada mais, nada menos, que um macaco-prego.

Santa! Assim chamavam, sem exagero, minha querida avozinha. Era benzedeira e toda família adorava visitá-la, com a certeza de que, além das preciosas bençãos e conversas, também saboreavam deliciosos quitutes, preparados por ela. Eu adorava ficar na cozinha vendo-a cozinhar… Ficava encantado com sua habilidade no preparo de seus pratos portugueses, a dança das colheres de pau, das facas, panelas que, aos poucos, exalavam um aroma delicioso.

Seu tempero era algo espetacular! Não havia alguém que não gostasse. E essa cultura culinária ficou impregnada em minhas lembranças também… E muito! Tanto que, quem cozinha em casa hoje sou eu, com o mesmo prazer e amor que minha avozinha assim fazia. Pratos como Bacalhoada, Arroz de Tomate, Pataniscas de Bacalhau, Caldo Verde e Francesinhas, tornaram-se minhas especialidades portuguesas, mas nunca igualando as da minha adorável avó Laurinda Gouvêa Rodrigues.

Carrego, com a graça de Deus, em meu DNA a cultura portuguesa, reforçando a valor da família principalmente e sem menos a cultura da culinária portuguesa além de trazer comigo até hoje, em meus braços, sinais da cultura selvagem dos animais… Cicatrizes das mordidas do Chico! E quero aqui reafirmar meu apreço por esta oportunidade de inserir, neste precioso site do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, uma justa homenagem aos meus ancestrais. Este Conselho, que reúne as associações ligadas à cultura lusa, sobressai na missão de perpetuar e difundir os valores dessas duas nações que se entrelaçam em infinitos momentos. Gratidão!

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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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