Os Construtores do Brasil Período regencial Com a abdicação de D. Pedro I, em 1831, seu filho, Pedro de Alcântara, de apenas 5 anos, herda o trono imperial. O Brasil passa a ser governando por regentes, que conduzem o governo até que o herdeiro atinja a maioridade e assuma o trono. Durante o período regencial, de 1831 a 1840, ocorrem várias rebeliões no Brasil. C5 Da regência provisória à permanente Após a abdicação de Pedro I, as três correntes políticas (Partido Moderado, Partido Exaltado e Partido Português, depois Restaurador) competem para influenciar os rumos do governo regencial. O Poder Legis-lativo fica encarregado de eleger uma regência para governar o País. Institui-se a Regência Trina Provisória, com um breve mandato, de abril a junho de 1831. Para ocupá-la, são escolhidos os senadores Nicolau de Campos Vergueiro e José Joaquim de Campos, e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Ao fim do mandado provisório, o Parlamento estabelece a Regência Trina Permanente, composta por José da Costa Carvalho, Bráulio Muniz e pelo brigadeiro Lima e Silva. Exercem um mandato de 1831 a 1835. A Regência Trina Permanente marca a ascensão do grupo dos moderados ao poder. A figura de maior destaque desde período é o padre Diogo Antônio Feijó. Nomeado para o cargo de ministro da Justiça, Feijó cria, em 18 de agosto de 1831, a Guarda Nacional. A Guarda Nacional, um instrumento policial empregado para impor a lei e a ordem pública, reprime com violência as constantes agitações populares e revoltas militares. Serve, basicamente, aos interesses da oligarquia agrária, preservando as grandes propriedades rurais, a escravidão e reprimindo os movimentos oposicionistas ao governo regencial. Regência Una Em 1834, os políticos moderados fazem uma reforma na Constituição do Império, instituindo o Ato Adicional, pelo qual a Regência Trina Permanente seria exercida por uma única pessoa – Regência Una –, com mandato de quatro anos. O padre Diogo Antônio Feijó é eleito para o cargo e exerce o mandato de 12/10/1835 a 19/09/1837, atuando pela conciliação de correntes políticas divergentes. O senador pernambucano, Pedro Araújo Lima, assume a Regência e permanece no cargo até 23/07/1840, quando é antecipada e declarada a maioridade de D. Pedro II. Adepto de um governo centralizado, suprime a autonomia política das províncias e fortalece o poder central, assumindo o comando da Guarda Nacional. Diogo Antônio Feijó (n.17/08/1784 - f. 10/11/1843), regente único de 1834 a 1837. óleo de Pinto Vedras. O Juramento da Regência Trina Permanente (estudo), de Manuel Araújo Porto Alegre, sem-data. ”óleo sobre tela”. Fonte Saga: Abril, 1981, v.3, p.134 e 135.