Os Construtores do Brasil A vidA no tempo de d. pedro ii: cotidiAno, Arte e culturA Um cotidiano com ares europeus D4 A corte ganha melhorias: iluminação a gás, calçamento com paralelepípedo, pavimentação das avenidas, rede de água e de esgoto. Os cabriolés dão lugar aos tílburis. Armazéns de secos e molhados dividem espaço com lojas de artigos finos e da moda. Cafés, confeitarias, restaurantes, livrarias, teatros, chafarizes. Tudo isso completa o cenário da elegante vida da elite na corte. Em 1857, D. Pedro II cria a Imperial Academia de Música e a Ópera Nacional, destinadas a formar músicos e difundir o canto lírico. Financia o estudo de médicos brasileiros e apoia a criação do primeiro hospital psiquiátrico do País. Retrato da Familia Imprerial. Acervo: Museu Historico Nacional, Rio de Janeiro, RJ. Bandeira do II Reinado bordada em ouro e prata. Acervo: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Aspectos culturais O Romantismo no Brasil elege o índio e o bandeirante como heróis nacionais. Gonçalves Dias reverencia o índio em poemas como“I-Juca Pirama” e “Os timbiras”; José de Alencar, em romances como O guarani, Iracema e Minas de prata. Castro Alves, em defesa da abolição da escravidão, escreve livros e poemas como Espumas Flutuantes, 1870; Os Escravos, 1883; Navio Negreiro, 1869. No romance urbano destaca-se Joaquim Manuel de Macedo, preceptor dos netos do imperador D. Pedro II. Escreve, entre outras obras, A moreninha (1844). No mesmo grupo inclui-se Manuel Antônio de Almeida escreve Memórias de um sargento de milícias (1854-1855). No romance regionalista pontificam Bernardo Guimarães, com A escrava Isaura (1875); Alfredo d’Escragnolle Taunay, oficial do exército brasileiro na Guerra do Paraguai, com A retirada da Laguna (1871, inspirada no conflito) e Inocência (1872). Já no realismo sobressaem Aluísio de Azevedo, com O mulato (1881), O cortiço (1890). No Rio de Janeiro, Machado de Assis publica, entre outras, A mão e a luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Dom Casmurro (1900) e Quincas Borba (1891). Na música, a maior expressão é Carlos Gomes, paulista natural de Campinas. Estuda na Europa desde 1863, sob o patrocínio de D. Pedro II, e estreia em 1870, no Teatro Scala de Milão, sua ópera “O guarani”. Na pintura destacam-se Victor Meirelles, Pedro Américo e Almeida Junior. O Guarany.1857. José de Alencar. Acervo: Biblioteca Nacional. RJ. Folheto da ópera O Guarany, de Antonio Carlos Gomes, apresentada no Teatro Scalla de Milão, em 1870. Acervo: Biblioteca Nacional, RJ. O violeiro, 1899, de José Ferraz de Almeida Júnior (Brasil, 1850- 1899) Acervo: Pinacoteca do Estado de São Paulo. Palácio do Itamaraty, RJ, final do século XIX, por Juan Gutierrez. Itamarati é uma palavra de origem tupi. “Ita” significa “pedra” e “marati” significa “cor de rosa”. Esse palácio tem sua fachada na cor rosa. Coleção: Jamil Nassif Abib.