B1 Os Construtores do Brasil Colonização Capitanias Hereditárias O sistema de capitanias hereditárias foi instituído por D. João III em 1530 para um maior controle da colônia e repressão ao contrabando do pau-brasil e de outras riquezas. O território foi dividido em quinze lotes entregues a doze donatários ou capitães-generais que eram pequenos fidalgos, soldados ou funcionários ligados à administração colonial. Após dez anos, apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente prosperaram com a lavoura de açúcar e núcleos populacionais. Mas o sistema foi extinto em 1759. A criação dos governos-gerais Em 1534, muda-se o sistema de colonização com a criação do governo-geral. Com sede em Salvador, Bahia, centraliza o poder subordinado a Lisboa, introduz o sistema de sesmarias, incentiva a cristianização dos nativos com a vinda dos padres jesuítas e cria condições para o aumento da exploração das riquezas coloniais. Tomé de Sousa: primeiro governador-geral O governador Tomé de Sousa era fidalgo, com experiência nas empresas ultramarinas. Impulsiona a ocupação do Recôncavo para os pecuaristas baianos e a indústria açucareira. Sede do governo geral em 1549, Salvador foi a primeira capital do Brasil. Duarte da Costa: segundo governador-geral Entre 1553 e 1558, Duarte da Costa assiste à paralisação dos órgãos governamentais, ocorrem levantes indígenas. Os tamoios chegam a aliar-se aos france-ses no Rio de Janeiro. Há cisão entre os partidários do bispo D. Pêro Fernandes Sardinha e os seguidores de D. Duarte da Costa. Saga: Abril, 1981. v.1. p. 98 Mem de Sá: terceiro governador-geral Assume o posto em janeiro de 1558 e reorganiza a administração da Colônia e o controle dos indígenas rebelados. Nas reduções, os indígenas são catequizados e protegidos da escravidão. Expulsa os franceses no Rio de Janeiro. Brasão Duarte Coelho IEB, USP Brasão Jorge Figueiredo Biblioteca Municipal de São Paulo Brasão Lucas Giraldes Biblioteca Municipal de São Paulo Brasão Fernando Alvares de Andrade Saga. Abril/SP, 1981. Brasão de Aires da Cunha Saga. Abril/SP, 1981. Brasão de João de Barros Saga. Abril/SP, 1981. Brasão Vasco Fernandes Coutinho Saga. Abril/SP, 1981. Brasão Pero de Góis Saga. Abril/SP, 1981. Fundação do Rio de Janeiro Em fevereiro de 1565, sob o comando de Estácio de Sá, duzentos portugueses desembarcaram no Rio de Janeiro, erguendo uma fortaleza no morro Cara de Cão. Em 1° de março de 1565, era inaugurada a povoação de São Sebastião do Rio de Janeiro. No ano seguinte, navios franceses e mais de cem canoas de guerra dos Tamoios atacaram a cidade, mas Estácio de Sá resistiu. Em janeiro de 1567, Mem de Sá, seu tio e terceiro governador-geral, chegou da Bahia com três navios de guerra e, no dia 20, dia de São Sebastião, desalojou o inimigo do morro do Flamengo. Estácio de Sá, devido a ferimentos recebidos em combate, falece em 20 de fevereiro de 1567 defendendo o Rio de Janeiro, cidade que havia fundado. Logo depois chegava ao fim a França Antártica. Partida de Estácio de Sá de Bertioga para o Rio. 1565, detalhe, Benedito Calixto. Acervo: Palácio São Joaquim, RJ. Estácio de Sá travou batalha e expulsou os franceses do Rio de Janeiro. Fundação de São Paulo Em 25 de janeiro de 1554, surgiu a povoação de São Paulo de Piratininga, por ordem do padre Manoel da Nóbrega, superior da Companhia de Jesus. O nome “São Paulo” foi escolhido porque no dia 25 de janeiro a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Um colégio jesuíta foi construído por doze padres, entre eles o noviço José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando Mem de Sá, em visita à Capitania de São Vicente, ordena a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo para a proteger dos ataques dos índios. São Paulo adquire condição de cidade em 1711. Fundação de São Paulo (detalhe), óleo de Oscar Pereira da Silva. Acervo: Museu Paulista da USP Largo do Palácio do Governo e Igreja do Colégio dos Jesuitas, 1847, Miguel Dutra. Acervo: Museu Republicano de Itu/Museu Paulista –USP.